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quinta-feira, março 28, 2024
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Histórias da construção civil: Aos 72 anos, trabalhador atua há mais de meio século no setor

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Aos 72 anos de idade, o pedreiro Raul Coelho da Silva está na ativa e a todo vapor. E não pensa em parar tão cedo. São mais de 50 anos dedicados à profissão que exerce cheio de orgulho.

Natural de Herval do Oeste, em Santa Catarina, orgulho é justamente o que sobra na trajetória dele, seja no trabalho ou na vida pessoal. Ter criado os filhos no bom caminho e de nunca ter sofrido um acidente de trabalho são exemplos. Aposentado já há 30 anos, ele afirma que poder dar uma qualidade de vida melhor para a família é o que o move.

“A gente faz a parte da gente. Ganhar para aplicar e amanhã ter se precisar para não vier a sofrer”, conta ele.

Raul começou cedo no trabalho. Muito cedo. O pai era ferroviário e a família residia na roça. Aos sete anos de idade, começou a pegar no batente para ajudar no sustento. Não parou mais.

Seu Raul, como é chamado, fala cheio de sorrisos da trajetória, cheia de desafios, dificuldades, mas repleta de realizações. Hoje tem casa própria, outra na praia, carros e vida estabilizada financeiramente.

Mas seus olhos brilham quando fala que isso tudo compensou ao ver os oito filhos crescidos e criados, como ele mesmo diz. Dois deles, inclusive, são adotados.

“Eu peguei eles em uma época que estava no Natal uma campanha Adote uma criança. Eu e a mulher fomos lá e pegamos. Hoje eles estão com 35 anos os dois. A família não tinha condição de cuidar. A menina não tinha roupa quando fui buscar e botei uma dos mais velhos”, conta ele, que ficou viúvo há cinco anos.

A esposa, aliás, era seu braço direito em tudo. Cuidava da casa e dos investimentos, enquanto ele ia à luta para garantir dias melhores. Há cinco anos ficou viúvo.

Um dos filhos, inclusive, apendeu o ofício com o pai. Mais que isso, se formou em engenharia, mas preferiu continuar trabalhando ali, assentando tijolo e no serviço braçal. Aos 52 anos, Raul Vanderlei Coelho da Silva não carrega apenas o nome do pai, mas a mesma garra e orgulho pela família.

“Tudo o que meu pai e a minha mãe me dera carrego com orgulho”, conta ele.

O pai estava muito doente na época em que decidiu assumir a direção dos trabalhos que ele executava. A família precisava. E ele não se arrepende.

“Sempre penso assim. A gente que vem de família pobre, necessitada, sempre tenta crescer. Na época que consegui me formar, ter conhecimento, minha família passava muita necessidade. Meus conhecimentos que eu tenho prefiro mostrar dentro da obra”, conta ele.

Seu Raul, o pai, é associado ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brusque e região (SINTRICOMB) e elogia o trabalho de vistorias que é feito pelas equipes da entidade. Isso porque a ação auxilia os trabalhadores em algo que ele sempre levou muito a sério, a segurança. Seu Raul se orgulha de nunca ter sofrido um acidente enquanto trabalhava e leva à risca o uso dos equipamentos de proteção.

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