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sexta-feira, abril 19, 2024
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CDL busca pauta positiva com a prefeitura e órgãos de segurança para enfrentar problemas com moradores de rua

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A problemática em torno dos moradores em situação de rua em Brusque foi tema de reunião da CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas, na noite desta quarta-feira, 8. A entidade já tinha marcado a reunião há 30 dias, diante do crescente número de reclamações dos associados.

Na terça-feira, houve um conflito de agenda quando a Secretaria de Assistência Social marcou uma coletiva de imprensa para tratar do mesmo assunto, que contou com a presença do tenente-coronel Otávio Ferreira, do 18º Batalhão de Polícia Militar.

Entre as possibilidades de sincronizar as atividades, a CDL manteve o encontro com diretores, associados e com os convidados, com o intuito de oferecer uma agenda positiva ao poder executivo, mas, que teve também um tom de cobrança.

Reunião CDL
Presidente da CDL, Fabrício Zen ao lado do Secretário de Assistência Social, Deivis da Silva – Foto: Assessoria de Imprensa

“Esse é o papel da entidade, de estar cobrando do poder executivo e de uma certa forma tirando da zona de conforto; é isso que a gente vem pedido, para sugerir um trabalho mais firme”, frisou Fabrício.

A mesa de reunião contou com a presença do Secretário Municipal de Assistência Social, Deivis da Silva, do delegado regional, Fernando de Faveri, do presidente do conselho da Associação Instituto Bom Samaritano, Sandro Ricardo Gracher Baran e representantes do Observatório Social e da Acibr,

Em defesa do atendimento prestado, o secretário Deivis da Silva mostrou o histórico em torno da política pública praticada pelo município, com concentração da demanda no Albergue Municipal e no Centro Pop – destinatários para acolhida dos moradores.

CDL busca pauta positiva com a prefeitura para enfrentar problema com moradores de rua
CDL busca pauta positiva com a prefeitura para enfrentar problema com moradores de rua

Antes disso, é realizado o processo de aproximação, escuta e direcionamento. Uma das medidas é a chamada passagem de regresso, em que o poder público custeia a volta do morador para o estado de origem – quando este aceita a proposta. Só neste ano, em torno de R$ 16 mil já foram gastos.

Pelo levantamento, a média de andarilhos chega a 60 pessoas, que circulam por vários locais – muitas vezes saindo e voltando aos limites da cidade. São os chamados “treicheiros”. Os pontos mais visitados por andarilhos são os que tem facilidade de acesso (locais públicos), de grande circulação e que oferecem abrigo noturno.

Uma pesquisa da secretaria de assistência mostrou ainda que o município de Brusque é um destino conhecido dos moradores em situação de rua, por oferecer boa receptividade, esmola e desenvolvimento. Os dados foram apresentados pelo secretário Deivis da Silva. Em contrapartida, o poder público lançou uma campanha para que a população não dê esmolas e sim oportunidades (de trabalho ou acolhimento social e/ou religioso).

CDL busca pauta positiva com a prefeitura para enfrentar problema com moradores de rua
CDL busca pauta positiva com a prefeitura para enfrentar problema com moradores de rua (Foto: Assessoria de Imprensa)

 “Todas as sugestões e essa força que veio da CDL é importante. Eu acredito que foi muito proveitosa e surgiram algumas situações que podem ser aplicadas, dentro daquilo que já temos como trabalho nesses casos”, destacou Silva.

A complexidade que envolve o atendimento aos moradores em situação de rua passa por muitos setores. Muitas estruturas públicas são mobilizadas, para garantia dos direitos humanos, possibilidade de ressocialização e a acolhida social, diante do alto índice de problemas sociais, envolvendo drogas ilícitas e ilícitas. As vezes, ou na maioria dos casos, tudo para no direito de escolha do indivíduo. Para Deivis Silva, a única saída nestas ocorrências seriam por meio de um processo judicializado, com poder intervencionista. Neste ínterim, no campo das leis e do policiamento há limitações, quando se trata da remoção de um morador.

CDL reunião
Encontro na CDL trato sobre atendimento dos órgãos públicos aos moradores em situação de rua

“Os órgãos em geral têm que ter uma sintonia de pensamento e de discurso, de modo, que sejam favoráveis entre sociedade e os moradores de rua. Há problemas legislativos para que a polícia possa intervir, por se tratar também de um caso cunho social. A intervenção só por ser morador de rua ela tem limitações legais ”, explicou o delegado regional Fernando de Faveri.

O empresário Volnei Ferreira, proprietário de um laboratório de análises clínicas, na rua Adriano Schaeffer, foi porta-voz dos comerciantes no encontro e fez um apelo para uma buscar soluções mais efetivas.

empresário Volnei Ferreira, proprietário de um laboratório de análises clínicas, na rua Adriano Schaeffer, foi porta-voz dos comerciantes
O empresário Volnei Ferreira, proprietário de um laboratório de análises clínicas, na rua Adriano Schaeffer, foi porta-voz dos comerciantes (Foto: Assessoria de Imprensa)

“No meu caso (de arrombamento), não foi a primeira vez – mas, nas outras vezes a gente não levou a diante para não se incomodar, porém, continuou se repetindo. O objetivo é divulgar o que está acontecendo para que as autoridades possam ajudar para encontrar soluções”, destacou o empresário.

O laboratório foi alvo de arrombamento, como mostra a reportagem neste link.

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